domingo, 28 de outubro de 2012

da janela - nº 3

O esforço deve ser mantê-la aberta para que os pensamentos e energias circulem.
O esforço é para que isso nao seja um esforço.
E mesmo estando ela sempre circulante, nós nunca saberemos de nada.
Se tudo já foi inventado, o que vem depois da curva,...
Se a janela estiver bem aberta, nao haverá tempo para preocupações atoas.

Dorme-se pouco mas, para compensar, sonha-se muito.
Portanto abra a janela. Deixe entrar, deixe sair.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Sobre as viagens - a saudade

Contraditório, mas a estrada preenche os  vazios   que    a   d i  s   t    â     n      c       i        a     causa.

(Nao, isso nao é verdade.)

Contos da janela - conto nº 2

O primeiro foi o último.

Uma moça derrubou a lixeira aqui e foi olhar em volta. Aparentemente. Digo porque quando olhei lá pra fora a lixeira da rua estava deitada e a menina olhava aqui pra janela. Talvez tenha pensado ser eu um homem virando a noite a fazer o seu trabalho. Correta.
Mas ela se deu mal, era um escritor. Podia ser qualquer coisa, até policial. Escritor, nao.

Fiquei olhando pra saber as reaçoes. A lixeira continuou deitada.

domingo, 21 de outubro de 2012

da janela nº1 - morte viva

Um cigarro, jeans rasgados, caminhos tortos traçados sem grande interesse na cegueira do costume, fronteira da inexistência. Uma noite que será esquecida daí uns dias. Desimportante, apenas.
Transformando todos os seus caminhos em gelo você segue, o tempo patinando atrás.
Um sinal, uma lembrança. Algo de fatal escondido no inventário das suas últimas relações: melhor nao comentar.
Avança por ruas que perderam o sentido.
Belas flores mortas em vasos d'água.

Talvez você nao volte mais aqui.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

mais fundo

Plus je te possède,
Plus je te désire.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Volteios

Vai saber que histórias contém esses teus olhos, o quanto a noite te alterou. O que trazes da rua, o que levas de casa...
O que a linha tênue dos seus passos desenhou no eixo do globo dos meus olhos. O que do descaso dos seus beijos desaguou nas minhas estrofes. Sabor dadaísta.
Tanto faz que continuemos procurando essa coisa que nao sabemos o que.
Indiferente que encontremos, que "cheguemos lá". "Lá" onde? Já estamos aqui.
Melhor viver agora, no intervalo entre uma inspiraçao e uma expiraçao, onde cabem todas as nossas paixoes.
Melhor nao pensar no futuro.
Sem metas nem prazos,
Confundindo os amigos, sem memória pro mal
Querendo rasgar o documento e o dinheiro

mas nao pode.

O poder estraga tudo.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A riqueza que nós temos


Voce é o meu maior laço, cordao umbilical.
Me alimenta de saudade, afeto e amor
Sim, amor
Que mesmo distante um coraçao pode sentir-se aquecido.
O calor de uma alma transmitindo o gostinho de casa à outra
e com isso distancia nenhuma pode.
Podem passar-se meses, anos-luz- de distancias
mas desse gostinho nao serei capaz
nao, esquecer, nao
Esse que tatua por dentro do peito o sorriso fácil, as surpresas
Quem me olha, me vê de pele limpa

Se eu me vejo, está carimbado nas melhores partes do meu corpo você
Meu corpo no de você
Que você seja feliz entao, minha passarinha.
Que conserve alegres as suas marcas em mim

Até que, mais que os calores, a luz dos nossos olhos se possam reencontrar.
E o que tem de tocante num olhar, se nao o seu calor?

Dorme agora,
é só o vento lá fora.



A mudanca tem me impedido de vir aqui postar!